Tomada de decisão, com que lupa eu vou?

Tomada de decisão é um processo cognitivo que envolve razão e emoção. Sempre que precisamos fazer uma escolha, acionamos esses dois lados. Alguns perfis comportamentais tendem a potencializar mais a razão (dominante e da conformidade) e os demais a emoção (influente e da estabilidade).

Em outras palavras, tomadas de decisão são construídas a partir da lupa de nosso perfil comportamental. 

O desafio para decisões mais conscientes é exercitar pontos de vista diferentes. A janela de solicitação pode ser a mesma para um perfil ou para outro, o que muda é a lupa com a qual olhamos para tal momento.

Mapeamento e decisão: um processo em construção

Toda tomada de decisão é um processo em construção. A perspectiva do mapeamento de perfil comportamental nos ajuda a identificar qual lupa é mais fácil sob o olhar de cada pessoa. 

Por exemplo, enquanto um perfil dominante preza pela agilidade, o da conformidade pende para qualidade. Enquanto o perfil influente dirige-se para uma visão de futuro, o da estabilidade considera o que já foi construído e implementado, a visão regressa.

Embora todos os perfis tenham as potencialidades necessárias para uma decisão assertiva, aprender a ótica de outros perfis traz ganhos ímpares para qualquer  escolha, pois diversificamos ângulos e nos preparamos melhor para o que está por vir..

O que diferencia uma decisão ponderada de uma inconsiderada é utilizar apenas a lupa mais fácil para fazer a análise da situação. Por outro lado, à medida que expandimos esse olhar para outros pontos de vista, ganhamos subsídios e podemos fazer escolhas mais equilibradas. 

Em uma tomada de decisão buscamos alternativas, avaliamos fatores que influenciam,  consideramos as pessoas envolvidas e buscamos os recursos necessários. 

Antes de tudo, esse conjunto de fatores se apresenta sob a lupa de nossos perfis predominantes, mas ao exercitarmos pontos de vista de outros perfis, conseguimos acionar óticas eventualmente escassas em nossa composição de perfis comportamentais.   

Contudo, isso não significa mudar a forma de ser ou minimizar as potencialidades de nosso perfil. Ao contrário, fortalece a gama de possibilidades para a decisão com o máximo de informações possíveis.

Movimentando a lupa

São muitos os fatores que influenciam uma tomada de decisão. Decidir é um processo constante em nossas vidas, cada movimento é uma pequena decisão que tomamos. 

Desde as mais simples e corriqueiras até as de maior responsabilidade é no exercício da autoconsciência que aprimoramos a habilidade de construir decisões favoráveis a nossos projetos de sucesso.

Nesse sentido precisamos começar por entender como percebemos a tomada de decisão de acordo com nossos perfis:

  • Oportunidade e risco: o que para alguns perfis pode ser uma oportunidade, para outros pode ser um risco.  A disposição de colocar-se diante de um desafio varia de perfil para perfil. Saber como lidamos com essa medida, afina nossa lupa para a tomada de decisão.
  • Razão e emoção: o perfil dominante e o da conformidade agem, primordialmente, com base na razão, enquanto o da influência e da estabilidade operam mais na base da emoção. Um fator importante aqui, além da habilidade de gerir as próprias emoções, está na consideração pelas pessoas envolvidas, o grau de empatia, bem como na constância das emoções. Entender essa relação é um fator relevante para agir com mais propriedade e afinar a lupa da tomada de decisão.
  • Qualidade e agilidade: enquanto alguns perfis necessitam de agilidade, outros se detêm na qualidade. A chave para a excelência é estender o ponto de vista para o outro lado e buscar o equilíbrio da tarefa.
  • Visão Regressa e visão de Futuro: a complementaridade dessas características de comportamento está no fato de que ao mesmo tempo que é preciso inovar é preciso entender a cultura em que baseia a tomada de decisão. No esforço de exercitar a visão que carecemos, ampliamos a óptica da tomada de decisão.     

Dentre muitos outros fatores, esses são os ângulos que afinam a nossa lupa. 

De decisão tomada 

Se conhecemos bem nossos perfis, escolhemos melhor. Se conhecemos as características de outros perfis e identificamos esses mapas na troca com outras pessoas, temos condições de decidir melhor.

Assim, adentramos processos mais claros, com mais constância de engajamentos e estabilidade das emoções. 

O próximo passo é empenhar-se em executar com qualidade aquilo a que nos propomos. Se o processo de escolha foi bem elaborado é mais fácil agir à altura da decisão e colher os frutos. 

Você precisa estar seguro de que tomou a melhor decisão com o máximo de informações possíveis, com os argumentos e materiais disponíveis em tal momento. 

O nosso trabalho de mapeamento de perfil comportamental é garantir essa segurança.

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