Perfil dominante como tendência de comportamento

Perfil dominante como tendência de comportamento

O perfil comportamental dominante é o do executor.

Segundo a teoria DISC, utilizada para o mapeamento de perfil comportamental, as tendências de comportamento podem ser divididas em 4 grandes perfis: perfil da dominância, perfil da influência, perfil da estabilidade e perfil da conformidade.

Nesse artigo vamos falar sobre o perfil da dominância. 

Vamos direto ao ponto!

O perfil dominante é aquele que ‘não faz rodeios’. Quando manifestamos essa dimensão de comportamento, que pode ser mais destacado em algumas pessoas e menos em outras, ativamos nosso dinamismo e competitividade. 

Aqui, o que se impõe é o senso de colocar as coisas para andar, de fazer acontecer. No conceito de dominância, nos referimos a este como um perfil cheio de atitude.

Quem nunca teve seu momento de ousadia e audácia, assumiu riscos e se colocou no papel de tomada de decisão? Quando isso acontece, estamos nessa energia  representada pela cor vermelha e pela emoção da raiva, dois elementos vibrantes.

No entanto, não se trata apenas de um tipo de pessoa ou outra, pois cada um de nós tem um pouco de cada perfil. Podemos ter tendências para mais ou menos de cada dimensão de comportamento. Nós somos composições de perfis.

Uma das principais diferenças entre quem tem a dominância ‘na veia’, por assim dizer, é que esse tipo de atitude, voltada para executar, é mais frequente, mais ‘insistente’. Em contrapartida, outras pessoas com predominância de outros perfis, como da influência, da análise ou da conformidade, não tem esse ponto tão acentuado, mas não sem algumas pitadas de dominância também.

Primordialmente, o mapeamento de perfil indica o tanto que temos de cada perfil.

Se as respostas do mapeamento de perfil comportamental indicam uma tendência à dominância, encontramos pessoas que além de saber se impor se identificam com essa posição. Enquanto para alguns pode ser desconfortável,  dominantes estão em seu elemento.

Por isso, nesse perfil predomina um senso de urgência, assim como de  determinação e perseverança, não no sentido de ficar na repetição, mas no sentido de permanecer na busca por coisas novas e encontrar meios de realizá-las. O valor está em agir, colocar as coisas em prática, inovar. 

Liderança para que te quero?

Com efeito, o perfil dominante está associado às características esperadas em cargos de liderança.

Para começar, o perfil extrovertido da dominância apresenta a desenvoltura e disposição necessárias para colocar-se, para comandar, assumindo traços do que habitualmente se entende como  papel da liderança, de acordo com os padrões hierárquicos predominantes.    

Claro que em algumas situações, em sistemas mais abertos e inovadores, encontramos  alternativas para outras construções de liderança, mas isso seria pauta para uma discussão mais detalhada, e não é nosso propósito aqui. Fato é que na visão modelo de liderança, as características de comando, autoridade e competitividade são as mais reconhecidas. Portanto, o perfil dominante se encaixa como uma luva nesse sistema.

Sem dúvida, a inclinação para independência e auto motivação, características da dominância, são fatores elementares para impulsionar qualquer tipo de condução de equipe, pois sua função é movimentar e buscar resultados. 

Então podemos dizer que dominância e liderança formam um casal bastante afinado. No entanto, há poréns, e possíveis conflitos são iminentes. 

Claro que todos os perfis, em seus excessos, tem aspectos negativos. Nesse caso, na trajetória dos heróis e heroínas dominantes podemos dizer que esses estopins vem com uma dose extra de energia 

Nem tudo são flores

Estamos falando que o perfil dominante está associado ao senso de urgência, certo?

E quando, pela necessidade de fazer as coisas de uma hora para outra, sem planejar, acabamos metendo os pés pelas mãos?

Quem nunca fez uma dessas e acabou se metendo em encrenca?

De uma certa forma, a obstinação e intensidade inatas ao perfil dominante, quando desmedidas, podem atrapalhar muito a vida da pessoa, sem falar daqueles em seu entorno. É possível um constante desgaste de energia (a da raiva, lembra?) na tentativa de resolver tudo o tempo todo e de um permanente estado de competição, ao contrário de um senso de  colaboração.

A hora de parar é aquela antes de instaurar o caos. O ideal é evitar viver apagando fogueiras, aquela que nosso dominante pode viver criando porque decidiu que precisava ser feito e pronto. Um dominante pode sentir-se útil em resolver conflitos e por isso viver criando situações assim.

Se acaso percebemos esse padrão, a gente sempre pode acionar os outros perfis, fazer uma análise mais apurada, esperar o melhor momento, trocar uma ideia com as pessoas envolvidas, certo? 

Importante saber quando acionar as outras dimensões.

Por outro lado, esse traço é ponto para a dominância. Esse é o risco de assumir riscos, quem se dispões o faz justamente porque não vai ficar gastando muito tempo refletindo e buscando a resposta perfeita. Para o perfil dominante, a resposta está na atitude. 

As flores dessa pimenta são justamente fazer acontecer. Porém, sempre vale lembrar, o equilíbrio está no tanto de energia que se coloca em fazer as coisas, em aprender a estar consciente nessas ações. 

Quero um pouco dessa pimenta 

Da mesma forma, quem não tem predominância do perfil dominante pode buscar desenvolver essa tendência, até mesmo para poder evidenciar suas outras habilidades no mundo, na prática.

Esse é um tempero que sempre pode cair bem. Não precisamos apimentar demais, mas podemos dar um tom para compor aquela receita que nos dispusemos a fazer.

No universo competitivo em que vivemos, para quem não tem predominância desse perfil, desenvolvê-lo ajuda a enfatizar a automotivação, a determinação e a independência. 

Importante, inclusive, que equipes com predominância de outros perfis tenham a presença de pessoas com predominância dominante, alguém para colocar um pouco de lenha na fogueira. É sempre necessário para o fogo não apagar.

Essa é a função de mapeamento de perfil comportamental, por exemplo, seja individual, de líderes ou de equipe. É ter consciência do que predomina no comportamento individual ou do time. Assim, é possivel potencializar aspectos positivos e pontos fortes, além de trabalhar excessos de forma consciente.

Dessa forma, criamos ambientes de trabalho que além de produtivos são colaborativos e saudáveis. Essa é nossa meta, trabalhar com nossos clientes para colocar a genuinidade dos colaboradores e líderes ao dispor de si e dos projetos comuns.

Vamos?

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