As mulheres conduzem suas carreiras de formas diferentes. Quando olhamos suas qualidades através do mapeamento de perfil comportamental, percebemos seus estilos de liderança, de colaboração e de atuação profissional associados a seus perfis comportamentais.
Isso vale para qualquer pessoa, independente de variáveis sociais como ocupação, classe social e orientação sexual e outros.
Porém, como estamos na semana do 08 de março, nesse post vamos falar sobre a atuação profissional das mulheres do ponto de vista do mapeamento de perfil comportamental, mais precisamente de mulheres de perfil dominante e influente.
Mulheres dinâmicas e competitivas
O perfil dominante tem como principal característica fazer acontecer.
Na história das mulheres no trabalho, poderíamos dizer que as de perfil dominante são as que buscaram ocupar posições que fizessem a diferença.
Por certo, uma das características desse perfil é abrir portas e liderar.
Não que as com predominância de outros perfis não o façam, são apenas estilos diferentes. Mas, as dominantes não têm medo de aparecer. Pelo contrário, são motivadas pela possibilidade de evidenciar-se.
Por isso, diante das limitações enfrentadas pelas mulheres na história do trabalho, esses papéis foram e são muito importantes para conquistas em ambientes profissionais.
No entanto, podemos dizer que as que tem perfil dominante ainda sofrem bastante preconceito no Brasil. O viés da simpatia é muito enraizado em nossa cultura e isso se acentua em relação às mulheres, principalmente profissionalmente.
Por exemplo, mulheres consideradas inspiradoras têm seus trabalhos predominantemente associados às artes. Ou seja, áreas em que as mulheres são historicamente mais aceitas, sem muitas referências de mulheres em meios historicamente masculinos, como o direito, a tecnologia ou a política.
Listas em publicações conhecidas apontam as escritoras, cantoras e atrizes como as inspiradoras e influentes em sua maioria.
Dessa forma, podemos dizer que não basta ter a força do perfil da dominância, é preciso também educar para que as mulheres sejam reconhecidas e admiradas nesses papéis.
O caminho da influência
Um perfil que tende a navegar pela liderança com bastante naturalidade é o da influência. O traço da sociabilidade é muito forte nas pessoas com predominância desse perfil.
Na história do trabalho e das conquistas profissionais, essa característica foi e é muito valiosa para as mulheres, pois a necessidade de abrir caminhos é constante e, nesse sentido, a influência é um dos meios mais importantes para solidificar tais conquistas.
Uma das principais características desse perfil é o da comunicação. Essa habilidade abre portas para alcançar novos postos e é um meio de ressignificar o lugar das mulheres nos ambientes profissionais.
Além disso, o perfil influente vai de encontro com características já atribuídas às mulheres. As pessoas com predominância desse comportamento são afetuosas, amáveis e compassivas, qualidades culturamente consideradas femininas.
Assim, influentes tendem a ter mais receptividade em relação às dominantes.
No Brasil, pelas nossas características culturais, esses são traços bem-vindos, principalmente nas mulheres.
Um exemplo de perfil da influência é o da empresária brasileira Luiza Trajano. Ainda que ela deva ter igualmente predominância do perfil dominante, pela posição que ocupa, os traços da influência são claros.
Luiza é uma das poucas mulheres empresárias brasileiras cujo nome é conhecido para além da marca em que atua, sua fala é conciliadora e ela sabe comunicar suas escolhas e pontos de vista como ninguém.
As mulheres no mapeamento de perfil comportamental
Como sempre falamos, perfis comportamentais são composições. Inclusive podem variar de acordo com o contexto. Pode ser que uma pessoa influente se torne mais dominante em um contexto que carece dessa característica.
Da mesma forma, ao longo de nossas trajetórias podemos desenvolver traços que nos faltam. Uma pessoa dominante pode se tornar mais influente quando em um momento em que esse traço é necessário.