Empatia

Habilidade social: 03 pontos importantes

Nesse artigo vamos falar sobre uma das habilidades práticas da inteligência emocional, a habilidade social. 

Em conjunto com a autoconsciência, a autogestão e a empatia, essa habilidade forma a competência emocional, que os estudos na área dizem ser responsável pelo seu sucesso e pelo bem estar na vida profissional.

Os três pontos que você deve levar em conta são: entender a diferença entre sociabilidade e habilidade social; entender quando você precisa dessa habilidade; e qual a relação com o autoconhecimento.

Sociabilidade e habilidade Social 

Para falar de habilidade social é importante primeiro distinguir essa competência da noção de ser ‘sociável’. 

Sociável, de acordo com o dicionário, significa “próprio para viver em sociedade” e refere-se a pessoas de convívio agradável e afável. Também é um termo referente a pessoas que preferem estar entre amigos e são comunicativas e extrovertidas, ao contrário de serem tímidas.

Todavia, como prática da inteligência emocional, a habilidade social não se resume à ideia de ser sociável apenas. De fato, significa desenvolver aptidões específicas para diferentes papéis.

Nesse caso, é uma competência que permite a você reconhecer em si a emoção mais produtiva, ao entender o contexto e agir de forma consciente. 

Assim, habilidade social não é ser sociável por si só, mas é ter competência para gerir suas atitudes, mesmo que as emoções possam estar demandando outra conduta. 

Isso quer dizer que você pode ser uma pessoa introvertida e tímida e, ainda assim, ter habilidades sociais bem desenvolvidas, enquanto uma pessoa extrovertida, por outro lado, pode não ter, devido a excessos, por exemplo.

A capacidade de ouvir e observar da pessoa introvertida pode servir para amenizar ânimos e contribuir com soluções em situações de conflito Só para ilustrar, Susan Cain fala sobre isso em seu livro “O poder dos quietos”. Ela conta como sua fala mansa, porém firme e consciente impulsionou sua carreira, devido a sua  capacidade de atuar construtivamente em negociações e acordos.

Afinal, habilidade social para que? 

É exatamente uma habilidade para o desenvolvimento profissional, que tende a impulsionar sua carreira

Atitudes, como um todo, se traduzem em habilidade social: saber o que fazer, como fazer e quando fazer, bem como aplicar essa inteligência para agir com excelência.

Internamente, essa habilidade ajuda você a evitar atitudes que te boicotam, aquelas que sempre que repete você acaba por se arrepender. Pense nas que você já identificou como recorrentes e que sabe lhe atrapalharem profissionalmente.

Externamente, essa habilidade ajuda você a refinar atitudes que te impulsionam, aquelas que sempre que repete você se reconhece mais presente e íntegro/a em suas ações. São as que te dão a sensação de sua melhor versão, que você conhece bem, porém nem sempre as escolhe.

Sabe aquele momento em que você sabe que fez certo? Mantenha-se nesse lugar!

Claro que você não consegue viver sua melhor versão o tempo todo, nem ser autoconsciente, se autogerir e ter empatia diante de todas as situações. Afinal, você é  humano/a. 

No entanto, à medida que você começa a se perceber, a desenvolver a inteligência emocional e a treinar essas suas habilidades sociais, você começa a fazer  escolhas mais conscientes e se aproxima cada vez mais de sua melhor versão.

Ao menos você sabe o caminho, tem o ‘mapa emocional’ na sua mão.

Isso também não quer dizer mudar quem você é. Pelo contrário, é enunciar suas potencialidades emocionais, que são reconhecidas na autoconsciência, depois geridas e logo usadas para conectar-se com as pessoas. 

Esse conjunto de forças bem aplicadas são suas habilidades sociais e sua competência emocional.  

Arrematando com autoconhecimento

No sentido de competência, habilidade social é reconhecer-se e aprender a usar as características que encontra em você como potencialidades. 

Não há emoção boa ou ruim, há perceber como atuam em você e como você as usa como força, aplicando-as de forma consciente em suas interações. reconhecendo-as e acolhendo-as em seu processo de autoconhecimento.

Por isso, ter consciência de si significa também conhecer suas vulnerabilidades. 

É nesse lugar que você aprende a ter empatia, uma das chaves da habilidade social. Ou seja, quando você conhece seus pontos sensíveis e olha sem medo para seus traços, sem tentar ser quem você não é, você ganha força. 

Essa sensibilidade atua a seu favor e impulsiona seus pontos fortes, beneficiando você e as outras pessoas, pois você passa a respeitar também as vulnerabilidades das pessoas ao seu redor, agindo com empatia.

Em resumo, a habilidade social é a competência que mora nesse equilíbrio, unindo autoconsciência, autogestão e empatia. Ao reconhecer tudo isso, que você pode construir respostas positivas em suas interações, a partir de seu emocional.

Nosso propósito é trabalhar esse conhecimento.

Estamos te esperando para falar mais sobre isso.

Vamos?

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Empatia: o poder de mudar

“Empatia é a arte de se colocar no lugar do outro por meio da imaginação, compreendendo seus sentimentos e perspectivas e usando essa compreensão para guiar as próprias ações.” (Roman Krznaric).

Nesta série de artigos sobre competências da inteligência emocional, primeiro falamos de autoconhecimento (e autoconsciência) e, depois, de gestão das emoções. Agora, é a vez da empatia. 

Abrimos o artigo com a definição de um filósofo e historiador da cultura, pois essa ação,  é mais recente em nosso cotidiano. 

Analogamente, autoconhecimento é mais auto explicativo, gestão, mais comum em várias áreas. Por outro lado, o senso de empatia ainda parece estar em construção. 

Quer dizer, é hora de olhar para fora, e não apenas isso, é preciso colocar-se no lugar do outro, ou da outra, certo?

Então vamos falar aqui sobre como entender a empatia; sobre os 6 hábitos das pessoas empáticas; e, o porquê da empatia ser considerada  uma competência emocional.  

Aplique a regra de ouro, só que não!

A conhecida Regra de Ouro “não faça aos outros o que não quer que façam a você” e suas  versões: “e tal como quereis que convosco procedam as pessoas, procedei com elas do mesmo modo” Lucas (6,31); e, “tudo quanto quiserdes que vos façam as pessoas, assim fazei vós a elas”, Mateus (7,12) são orientações de valores morais, não definem  empatia.

Empatia não é sobre você, ou o que você quer ou não quer. É mais que isso, é sair do seu querer e colocar-se no querer de outra pessoa.

Ou seja, ao tentar acessar essa perspectiva (que não é a sua), e tentar colocar-se na pele de alguém, você faz mais do que aplicar seus valores, você busca entender a situação a partir dos valores dessa outra  pessoa.

O desafio é compreender a situação  do ponto de vista de quem está vivendo a emoção.

Nesse sentido, é uma forma de comunicação. Em um nível mais profundo, você procura entender de que perspectiva, contexto, base emocional, aquela pessoa está falando.

Porém,  tem uma pitada da regra de ouro, sim. Essa é a razão pela qual a empatia é uma das 4 competências emocionais, pois você precisa acessar suas emoções como para compreender a emoção vivida por outra pessoa. 

Por isso, precisamos de autoconsciência e gestão das emoções. Na empatia, ‘eu e você’ somam em ‘nós’ mas apenas se você souber sobre você.

Caso contrário, corre o risco de virar uma mera transferência de lado. Uma pessoa joga a emoção para outra.

O ‘nós’, que é a conexão gerada na comunicação empática, é a chave para a empatia.

Então,  qual o caminho para se ter essa habilidade da inteligência emocional?

6 Hábitos para cultivar a empatia 

O filósofo Roman Krznaric, o mesmo da definição do início do artigo (lembra?) aponta seis hábitos de pessoas extremamente empáticas. Nós adaptamos a definição  desses hábitos para falar como você pode desenvolver a habilidade da empatia.

  1. Acione o cérebro empático: 

A empatia está no cerne de nossa natureza, assim como a comunicação. Procure reconhecer quando ela se manifesta e, então, ative, desenvolva e cultive.

  1. Soltar a imaginação:

Busque em suas experiências de vida situações semelhantes àquelas das pessoas diante de você. Estabeleça pontes e pratique os hábitos listados no item 3. 

  1. Ler, ouvir e assistir histórias: 

Através de histórias fictícias, ou não, ampliamos nossas vivências. Quando as diversificamos, com diferentes referenciais culturais, aprendemos sobre  situações desconhecidas. 

  1. Conversar ativamente

Assim como na arte e literatura,  as histórias das pessoas em nosso entorno ajudam a expandir nossos pontos de vista. A curiosidade e capacidade de praticar a escuta ativa são meios de desenvolver a empatia.

  1. Aventurar-se: 

O contato com vidas e culturas diferentes enriquece  nosso olhar. Eventos,  viagens (mesmo perto de casa) e trabalhos de cooperação social nos colocam em contato com outras culturas e expandimos  nossas perspectivas.

  1. Ser uma inspiração: 

As pessoas que desenvolvem esses hábitos, acabam por inspirar outras por sua  capacidade de conectar-se e de ter empatia.

Empatia é uma competência

Como falamos na seção anterior, a empatia está no cerne da natureza humana. 

Muito provavelmente, desenvolvemos mais facilmente com pessoas próximas, amigas ou que tenham vivido experiências semelhantes às nossas. 

No entanto, a empatia como competência emocional vai além da conexão com situações conhecidas.

Além disso, como competência, é uma reconhecida habilidade profissional, que é nosso foco aqui. Sem minimizar sua importância em outras instâncias de nosso convívio social, a empatia é um diferencial em qualquer área de gestão de uma organização.

Essa capacidade de conexão gera uma melhor experiência de trabalho e  resulta em mais produtividade devido a qualidade das relações. 

É uma habilidade valiosa nos ambientes de trabalho.

Ao integrar a empatia na comunicação, você estabelece relações de confiança e lealdade e abre espaço para desenvolver aspectos importantes de sua vida, como a criatividade e a liberdade de inovar. 

Essa é a força da empatia como competência. É também uma forma de expandir e inspirar. 

Não deixe de praticar. Faz toda a diferença e faz parte do trabalho da Gente Genuína.

Vem saber mais sobre isso!

Referências:

O Poder da Empatia – Roman Krznaric, editora Zahar, 2015.

A Regra do Ouro e a pandemia – Adriana Novais, Estadão, 2021.

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Não vá sem mentoria

Para uma carreira bem sucedida, não vá sem mentoria

Autoconhecimento é uma das palavras do momento quando falamos em desenvolvimento pessoal e profissional. Mas, para dar um passo à frente, a questão que se põe é como traduzir essa habilidade emocional em competência profissional.

Para uma carreira bem sucedida, escolha uma mentoria de qualidade e otimize a sua trajetória. 

A habilidade de saber o que se quer é o primeiro passo para uma carreira bem sucedida. Ao pensarmos em pessoas com carreiras de sucesso, que nos inspiram, nos identificamos com aquelas que passam a ideia de estarem satisfeitas com suas escolhas.

Com toda a certeza, nos influenciam e inspiram pela certeza e segurança presentes em suas trajetórias.

Quem se depara com esse tipo de certeza, percebe que são pessoas que se destacam pela disposição. Elas tendem a produzir mais, em menos tempo, com mais objetividade, simplicidade, genuinidade e prazer.

Nesse sentido, percebemos que a clareza de propósito libera as decisões para o realizar, porque a intenção, o objetivo está definido.

Outras pessoas, mesmo que inteligentes, dinâmicas, pró-ativas, organizadas e dedicadas, parecem não ter a mesma satisfação, a mesma convicção quanto a suas escolhas. Ainda que realizem suas funções com excelência, o toque de genuinidade não se faz presente.

Essa ausência tende a obstruir o trajeto, pois falta afinidade com o que se faz. 

A diferença entre uma situação e outra é característica da clareza proporcionada pelo autoconhecimento. Em outras palavras, a habilidade de saber o que se quer é o que simplifica a trajetória, direcionando forças para realizar um propósito genuíno, alinhado com o que é mais autêntico em si. 

Parece simples, mas não é.

De fato, há pessoas que de alguma forma desenvolvem uma consciência maior de sua genuinidade, naturalmente. Percebemos que não há muitos desvios pelo caminho, pois logo identificam o que querem, encontram pessoas de referência, traçam sua rota e colocam seus projetos em prática.

Outras, talvez até mais desafiadoras, às vezes com uma visão peculiar e inovadora, além de habilidades múltiplas, não conseguem identificar sua genuinidade tão facilmente e não dispõem da  mesma clareza em seus projetos.

Isso acontece porque, como indivíduos, crescemos e nos desenvolvemos sob muitas influências. Nem sempre vivenciamos ambientes e experiências que nos proporcionam  precisão ao definir o que queremos.

Mas é um treino, podemos desenvolver, mesmo quem tem uma consciência mais apurada de si.

Autoconhecimento é treino

A mentoria entra nesse momento. Para os mais conscientes, atua no sentido de dar mais subsídios para expressar a certeza sobre as escolhas, expor em voz alta, reafirmar possibilidades e traçar uma rota que leve a resultados mais precisos.

Está bem, ‘eu tenho esse talento’, ‘eu tenho essa certeza’, ‘é por aqui que eu quero seguir’, por exemplo.

Personalidades assim, encontram na mentoria um potencializador para uma inteligência emocional que é inata, uma forma de desenvolver técnicas que aprofundem ainda mais a capacidade de auto-observação. O mentor trabalha apenas como um  guia que orienta sobre como fortalecer as competências emocionais.

Por outro lado, personalidades que carecem de clareza, encontram na mentoria um processo talvez ainda mais rico, pois algumas vezes são as multicompetências que ofuscam a visão. O mentor orienta sobre como discerni-las e busca formas de direcionar esses potenciais para a carreira.

É um trabalho que ajuda a  organizar o conhecimento e auxilia em na ideintificação do que é mais genuíno em si.

De qualquer forma, esses são apenas exemplos dentro uma vasta gama de perfis comportamentais. O importante é entender que um profissional qualificado,  que oriente o caminho do autoconhecimento, traz assertividade, desenvolvimento e aperfeiçoamento para a carreira, independente da personalidade e do perfil profissional de quem busca essa consciência.

Desta forma, a mentoria contribui no processo de identificar e empregar as demais habilidades, como autogestão, empatia e habilidades sociais e as transforma em competências emocionais para uma boa atuação profissional, além de uma carreira genuína e autêntica.

Mas isso não é apenas um trabalho individual, é também um trabalho coletivo. 

Autoconhecimento e mentoria na organização

Na prática, o movimento do autoconhecimento e desenvolvimento de competências emocionais têm outra ponta: a organização. 

De um lado, o profissional que investe em autoconhecimento tem mais possibilidade de dar vazão a essas habilidades quando atua em uma cultura organizacional emocionalmente madura, ao menos disposta a formar equipes que valorizem tais habilidades.

De outro lado, a empresa que busca colaboradores cientes de seus processos precisa de meios para identificar esses profissionais.

Nesse sentido, a mentoria organizacional é responsável criar meios de reconhecer perfis alinhados com os propósitos da empresa, motivando o desenvolvimento de tais competências e investindo na cultura emocional da organização.

O desafio da gestão de pessoas passa a ser encontrar, contratar, treinar e conectar colaboradores.

Isso quer dizer que a efetividade da gestão está na formação de equipes emocionalmente competentes. A gestão de pessoas deve ser capaz de identificar profissionais com tais habilidades.

Em suma, a organização precisa da mesma clareza que deseja em seus colaboradores, buscando entender o que é genuíno e autêntico nela para saber identificar o que precisa e, assim, encontrar profissionais afinados com seus propósitos.

Na psicologia organizacional, essa seleção se faz através da identificação de perfis comportamentais.

A clareza do autoconhecimento

Isso posto, concluímos que, de ambas as partes, quando falamos em mentoria e autoconhecimento, profissionais e empresas devem buscar clareza para obter mais sucesso e assertividade em suas escolhas.

A clareza de propósitos simplifica os processos e traz mais disposição e genuinidade para os colaboradores, equipes e organizações. O ato de realizar fica mais fácil porque a noção de genuinidade, autenticidade e autoconhecimento estão presentes.

Mentoria e autoconhecimento são parte do processo de construção profissional, seja individualmente ou nas organizações. Para formar equipes emocionalmente inteligentes é preciso saber como. 

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Competência Emocional

Competência emocional: 04 habilidades práticas

No mundo conectado, em constante transformação, uma das principais demandas das organizações é a competência emocional, conforme explica Daniel Goleman em seu livro Trabalhando com a Inteligência Emocional.

Na atualidade, as organizações passaram a buscar uma gama mais ampla de competências e não apenasas competências técnicas como antigamente.

Uma das mais valorizadas é a competência emocional, que inclui desenvolver as chamadas habilidades práticas da inteligência emocional.

Inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e entender as emoções e gerenciá-las nas relações consigo e com outros. Quando aplicadas, principalmente no ambiente de trabalho, chamamos de competência emocional.

Nesse artigo vamos explicar porque devemos desenvolver essas habilidades e como melhoram a atuação profissional.

As 04 habilidades práticas da Inteligência Emocional

O modelo de abordagem de inteligência emocional de Daniel Goleman tem como base 04 habilidades práticas:

  • autoconsciência
  • autogestão
  • empatia
  • habilidades sociais.

As duas primeiras estão associadas à gestão interna das emoções, as demais à gestão das emoções na relação com outras pessoas.

1. Autoconsciência

De uma forma simples, pode-se dizer que consciência é a capacidade de colocar atenção no que se passa ao nosso redor, enquanto autoconsciência é a percepção consciente de si mesmo.

Nos ambientes de trabalho, pesquisas mostram que essa habilidade – que melhora nossa competência emocional – pode ser aprendida e desenvolvida.

Isso quer dizer que tomar consciência de como nos sentimos é o primeiro passo para estarmos no comando. Passamos a gerenciar essas emoções e não ao contrário, deixando que controlem nossas ações.

A habilidade de nos percebermos nos dá mais autonomia e traz informações mais precisas no gerenciamento de nossas vidas. Logo, à medida que desenvolvemos essa inteligência e a transformamos em uma competência, nossas escolhas e decisões são mais acertadas.

Quando conscientes de quem somos e do que nos move, nos tornamos mais aptos a alinhar nossos objetivos e propósitos com o que é, de fato, genuíno em nós.

2. Autogestão

Enquanto a gestão é uma iniciativa que tem como objetivo gerenciar uma ação, seus processos e as pessoas envolvidas, a autogestão é essa mesma ação voltada para aspectos individuais.

Se a primeira habilidade prática da inteligência emocional é o autoconhecimento, onde buscamos perceber nossas emoções, a segunda é a autogestão, que é a forma como vamos lidar com a autoconsciência e, por fim, agir.

No autoconhecimento observamos como as emoções nos movem, positiva e negativamente. Similarmente, na autogestão, gerenciamos essas emoções de modo que possamos ter mais propriedade sobre nossas atitudes.

Assim, saímos do agir por agir e passamos a escolher como agir.

Nesse caso, gerir as emoções é o processo de administrar seus potenciais a fim de aprimorar o desenvolvimento pessoal, além de organizar o autoconhecimento que adquirimos.

Em suma, é avaliar, ressignificar e conduzir o autoconhecimento de maneira que nossas escolhas estejam mais alinhadas com quem somos e com aquilo a que nos propomos. 

“Aqueles que conseguem gerenciar suas vidas emocionais com mais serenidade e autoconsciência parecem ter uma vantagem clara e considerável na saúde.” ~  Daniel Goleman

3. Empatia

É na conexão com os demais que legitimamos a inteligência emocional e a capacidade de nos sintonizar emocionalmente.

Por isso, de nada adianta desenvolvermos a autoconsciência e a autogestão se não conseguirmos levar estas habilidades para além de nossas fronteiras individuais.

Quando dissociadas da empatia, a autoconsciência e a autogestão são habilidades vazias e egoístas. A colaboratividade nasce na empatia. Assim, inteligência emocional também quer dizer utilizar nossa autoconsciência e autogestão para entender os estados emocionais de outras pessoas.

É essa habilidade que nos permite ter sintonia com as pessoas em nossos grupos sociais e com nossos próprios estados emocionais, entendendo limitações e valorizando potenciais.

Atitudes sem empatia são atitudes que carecem de inteligência emocional. A empatia está associada à ética e aos princípios que orientam nossas vidas em sociedade e serve como base para o desenvolvimento das habilidades sociais.

4. Habilidades Sociais

Por fim, as habilidades sociais se referem a nossa capacidade prática de interagir com os outros. Dentre as habilidades práticas da inteligência emocional, esta é a que diz respeito ao momento em que levamos as demais para o convívio em grupo.

Nesse sentido, essa habilidade significa reconhecer nossa inteligência emocional e empregá-la nas tarefas diárias. Isso não quer dizer que devamos ser somente simpáticos, agradáveis e conformados. Ao contrário, devemos saber como usar nossas emoções com assertividade.

Por exemplo, um/a médico/a em uma sala de emergência precisa agir com firmeza diante de uma urgência, com atitude de comando. Desta forma, tentar agradar alguém em tal situação não seria uma ação emocionalmente inteligente.

Ter habilidade social é desenvolver aptidões específicas para diferentes papéis.

Assim, em conjunto com a autoconsciência, a autogestão e a empatia, nos capacitamos emocionalmente, fazendo escolhas e tomando decisões mais eficientes, tanto em nossa vida pessoal quanto em nosso ambiente de trabalho.

Competência emocional no ambiente de trabalho

Como vimos, desenvolvemos a inteligência emocional através das habilidades práticas listadas acima. Porém, ao avaliar essas competências em candidatos para um cargo, não é apenas a inteligência emocional que conta, mas a competência emocional.

Isto é, à capacidade de destacar-se no ambiente de trabalho. Em outras palavras, competência emocional são habilidades da inteligência emocional direcionadas para o campo profissional. Nesse caso, considera-se a produtividade e a busca por resultados.

As particularidades dessa competência variam de acordo com o cargo ou função, alguns grupos de trabalho precisam de pessoas criativas, outros de pessoas analíticas e sistemáticas, por exemplo.

A cultura e as demandas da organização são os fatores que determinam quais competências são necessárias, qual o perfil comportamental do colaborador para o cargo. O importante é ter consciência de tais aspectos para compor um grupo alinhado com os propósitos da organização.

Assim, é possível formar equipes eficientes, produtivas e motivadas, com colaboradores que contribuam para um clima organizacional mais saudável e produtivo.

Equipes emocionalmente inteligentes

Esse conhecimento nos conduz ao objetivo maior que é formar equipes emocionalmente inteligentes.

Construímos equipes com esse perfil quando entendemos o papel da inteligência emocional na gestão de pessoas, contratando colaboradores que otimizem a inteligência do grupo.

Um time se compõe de uma diversidade de competências e perfis comportamentais que diferem entre si. Por isso, o mais efetivo é contratar levando em conta tanto individualidades quanto a composição do grupo como um todo.

Assim, potencializamos o senso de colaboratividade e permanência, evitando conflitos, indiferença e os altos custos de substituição.

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